Onça
Parda na Juréia...
Foram encontrados desde o começo da pesquisa cerca de 40 rastros de
onças pardas por toda a Juréia. Acompanhamos 9 indíviduos
identificados pela pegada por métodos especíais, que nos permitiu
analisar tamanho de territórios, sobreposição, acasalamento
e sexo quando este estava acompanhado por filhotes. Através deste estudo
conseguimos estimar que 20 onças pardas vivem na Estação
atualmente, nos mais diversos ecossistemas, desde a praia, manguezais, mata
de encosta e formações de topo. Também foi avistada próximo
de casas na Serra do Itatins, perto da Prainha, (local movimentado nos feriados
e fins de semana) região que faz limites com a Juréia. Apesar
de ser oportunista e estar mais próxima das regiões habitadas
por humanos, no decorrer do trabalho, não houve nenhum ataque a criações.
Por várias vezes onças pardas caminharam a menos de 50 metros
da residência de caiçaras onde estavam seus galinheiros e nada
aconteceu. Uma prova de que quando o ambiente possui quantidade de comida
suficiente e está equilibrado não existe desarmonia entre humanos
e felinos. Há abundância de pacas, cutias, tatus e veados presas
potenciais.
São felinos belíssimos, moradores de uns dos únicos lugares
que há praias preservadas atualmente, em seu estado selvagem, que ainda
restam na costa brasileira e que permitem a sua existência. Não
é difícil encontrarmos suas pegadas pela praia do Rio Verde
passeando tranquilamente entre o mar e a restinga ou mesmo na Praia do Caramborê
palco dos ensinamentos primordiais entre a mãe e um filhote. Raríssimo
espetáculo dos guardiões das últimas praias selvagens
brasileira.
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JAGUATIRICA
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Espécies:
Felis pardalis
Nome Popular: gato do mato,
oncinha
Tamanho: comprimento
1,0 a 1,3 m; peso 7 a 16 kg
Coloração:
amarelo-ocre a amarelo-alaranjado em áreas de
floresta, mais acizentado em capoeiras áridas; ventr branco;
pelagem tem listas e pontos pretos e a cauda, anéis pretos.
Distribuição:
do Arizona ao norte da Argentina
Tamanho do Grupo:
solitário, andam em pares no acasalamento
Reprodução:
sazonal no norte, nascimentos no outono e no inverno; não sazonal
nos trópicos; dois a quatro filhotes por ninhada
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Jaguatirica
na Juréia...
De todos os felinos existentes na Estação Ecológica esta
é a espécie que se encontra em melhor situação
de preservação. Algumas vezes, aparece nas bordas de mata contíguas
aos limites da Juréia, que margeiam os municípios. Também
são mortas por invadir galinheiros e atacar criações.
Foram percorridas todas
as estradas e rios, e 95% das trilhas em atividade conhecidas dentro da Estação,
além de muitos outros caminhos que fazem limites com a Juréia.
Esta tabela terá seus números alterados
